Resenha de Biblioteca de Alexandria de Nana Calimeris

Autora: Nana calimeris

Editora: Independente

Número de páginas: 201

Formato : e-book

 

Angelique Ducan é uma jovem de 24 anos, terminando a faculdade, de uma antiga  família de origem irlandesa- Os Ducan.

Esse primeiro volume de Biblioteca de Alexandria recebeu o subtítulo de Andarilha das estrelas, porque conta a história dela, Angelique- a Andarilha.

Ao descer aos porões da livraria onde trabalhava em busca de uma HQ rara, pedida por um cliente, ela se depara justamente com a personificação de John Constantine.

Evidentemente, não era Constantine- O mago do HQ. Era uma associação feita pela mente dela, embora o homem que ela visse à sua frente fosse  bem real.O homem era Alexandros Kalinictos. Ele então revela a Angelique que se ela pode vê-lo sua vida corria perigo.

A jovem sai da loja e entra em seu carro-  que recebeu  o curioso nome de Capitão Caverna- e pouco tempo depois quase atropela um gato preto, uma coruja e uma Onça!

E, diante dela, vê novamente Kalinictos.

 

“Eu o encarava como eu tivesse cinco anos de idade e não entendesse uma palavra do que ele dissesse. Ele deu de ombros.

- Ah! Claro, você não foi preparada! Mas, você não é apenas uma Guardiã... A família Duncan deixou a Obra em algum momento, digo, os que são como você... – ele parou de explicar. – Vem bem a calhar, para falar a verdade! Os guardiões estão sendo dizimados. Os livros estão sumindo. Tudo a seu tempo!”“.

 

 A Questão é que Kalinictos é o mestre de vários magos, dentre eles Arthur Sterre e Keld que aparecerá em outro momento, e que terá uma importante função na trama.

O Senhor José, chefe de Angelique, entretanto, não é tão inocente quanto parece a princpio e fica claro que ele e Alexandros Kalinictos não só se conhecem como são rivais. E, além disso, ele pareceu não reconhecer em Angelique a importância da jovem Guardiã. O dono da loja de pedras, senhor Jacó, a vê admirando as joias e a conduz para uma sala aos fundos da livraria e ela entra em contatto com Declan Ducan, seu tatataravô, dado como desaparecido e vitima na guerra instalada contra guardiões, magos e andarilhos, precisando ficar escondido por anos para a proteção da família.

Sua prima é Melissa e as duas não se dão bem. Porém, Melissa vive bem esse lado oculto, está às voltas com essas questões místicas desde sempre.

Melissa mora com Arthur Sterre, com quem achava que seria feita a Ligação. Porém, o jovem mago fora alertado pela cartomante não credenciado à Ordem que era outra jovem no seu caminho. Arthur e Angelique fazem a ligação entre mago e andarilha, acirrando ainda mais a disputa familiar.

Angelique, entretanto, era uma pessoa muito especial. Detinha um poder que há seculos o mundo não conhecia. Porque era a única Andarilha capaz de ler os livros e assim, adquirir o conhecimento neles guardado.

 

“Mas, quem diabos iriam querer atacar uma biblioteca? Então, eu aprendi que muitas raças e criaturas de outras dimensões não se davam umas com as outras e havia livros sobre anatomia, fraquezas e forças de cada uma das milhares de espécies espalhadas por aí. Aqueles, que tinham acesso aos livros, tinham um selo na palma da palma e era este selo que mostrava em qual área da biblioteca o ser poderia ir e que tipo de acesso tinha. Os Guardiões não podiam ler os livros, apenas interpretar os símbolos nas lombadas dos livros e pegar o volume para consulta. Nenhum livro saía das bibliotecas. Ah! Sim, os Guardiões eram fixos. Uma vez que fossem escolhidos para uma determinada biblioteca, ali, ficavam pelo resto da vida. Os Andarilhos caminhavam entre as bibliotecas e eram as criaturas que verificavam se todos os livros estavam em ordem, buscavam livros para preencher as estantes, catalogavam as doações e viajavam para conhecerem coleções notáveis, mas, também não podiam ler os livros”.

 

A Autora Nana Calimeris ambientou A Biblioteca de Alexandria em Brasilia, onde tradicionalmente pensamos em contexto político. E, de fato, conheço pouco de Brasilia a não ser que é uma cidade sem curvas e onde decisões importantes são tomadas.

Brasilia está muito bem contextualizada , assim como o Bairro, num estilo underground, chamado Conic, ambientação de boa  parte da Trama.

Além disso, é bem interessante descobrir algumas referências escondidas no livro, chamado de  easter eggs- como a música Tempo Perdido de Legião Urbana. Uma banda que surgiu em Brasília e fazia músicas de protestos.

  Ou como a referência quadrinista a John Constantine- mago de HQ e posteriormente virou cinema e serie de televisão. Outro easter egg foi Capitão Caverna, o nome do carro – pelo grito poderoso do monstrinho pré-histórico de desenhos animados antigos.

Narrado em primeira pessoa em certos momentos o narrador assume e podemos ver fatos pelos olhos de Arthur.

Há uma grande pesquisa para detalhes quase imperceptíveis como quando Keld conversa com a Angelique e diz amorosamente:

“min lille Alf” e que pode ser traduzido como “minha pequena duende”, referindo-se à familia irlandesa de Angelique.

Angelique ainda possui um deafio pessoal muito importante... Destruir o Vazio antes que ele a destrua superando a depressão e a síndrome do pânico.

A trama de A Biblioteca de Alexandria possui um arco dramático central, onde está Angelique e sua  jornada para se tornar uma andarilha das estrelas, narrado em primeira pessoa e outras subtramas, onde conhecemos mais os personagens secundários especialmente Arthur e Keld, onde o narrador assume o ponto de vista da obra.Especialmente, o narrador ainda permite que se conheça o ponto de vista de Arthur Sterre, embora ele não assuma uma posição de protagonista.

A obra está na categoria realismo mágica, onde a magia está presente de forma natural no universo.

Uma obra que, ao permitir múltiplas interpretações, provoca reflexão no leitor, além do esperado entretenimento num livro de fantasia. Recomendo.

 Angelique Ducan é uma jovem de 24 anos, terminando a faculdade, de uma família de familia antiga de origem irlandesa- Os Ducan.

Esse primeiro volume de Biblioteca de Alexandria recebeu o subtítulo de Andarilha das estrelas, porque conta a história dela, Angelique- a Andarilha.

Ao descer aos porões da livraria onde trabalhava em busca de uma HQ rara, pedida por um cliente, ela se depara justamente com a personificação de John Constantine.

Evidentemente, não era Constantine- O mago do HQ. Era uma associação feita pela mente dela, embora o homem que ela visse à sua frente fosse  bem real.O homem era Alexandros Kalinictos. Ele então revela a Angelique que se ela pode vê-lo sua vida corria perigo.

A jovem sai da loja e entra em seu carro-  com o curioso nome de Capitão Caverna- e pouco tempo depois quase atropela um gato preto, uma coruja e uma Onça!

E, diante dela, vê novamente Kalinictos.

 

“Eu o encarava como eu tivesse cinco anos de idade e não entendesse uma palavra do que ele dissesse. Ele deu de ombros.

- Ah! Claro, você não foi preparada! Mas, você não é apenas uma Guardiã... A família Duncan deixou a Obra em algum momento, digo, os que são como você... – ele parou de explicar. – Vem bem a calhar, para falar a verdade! Os guardiões estão sendo dizimados. Os livros estão sumindo. Tudo a seu tempo!”“.

 

 A Questão é que Kalinictos é o mestre de vários magos, dentre eles Arthur Sterre e Keld que aparecerá em outro momento, e que terá uma importante função na trama.

O Senhor José, chefe de Angelique, entretanto, não é tão inocente quanto parece a princípio e fica claro que ele e Alexandros Kalinictos não só se conhecem como são rivais. E, além disso, ele pareceu não reconhecer em Angelique a importância da jovem Guardiã. O dono da loja de pedras, senhor Jacó, a vê admirando as joias e a conduz para uma sala aos fundos da livraria e ela entra em contatto com Declan Ducan, seu tatataravô, dado como desaparecido e vitima na guerra instalada contra guardiões, magos e andarilhos, precisando ficar escondido por anos para a proteção da família.

Sua prima é Melissa e as duas não se dão bem. Porém, Melissa vive bem esse lado oculto, está às voltas com essas questões místicas desde sempre.

Melissa mora com Arthur Sterre, com quem achava que seria feita a Ligação. Porém, o jovem mago fora alertado pela cartomante não credenciado à Ordem que era outra jovem no seu caminho. Arthur e Angelique fazem a ligação entre mago e andarilha, acirrando ainda mais a disputa familiar.

Angelique, entretanto, era uma pessoa muito especial. Detinha um poder que há seculos o mundo não conhecia. Porque era a única Andarilha capaz de ler os livros e assim, adquirir o conhecimento neles guardado.

 

“Mas, quem diabos iriam querer atacar uma biblioteca? Então, eu aprendi que muitas raças e criaturas de outras dimensões não se davam umas com as outras e havia livros sobre anatomia, fraquezas e forças de cada uma das milhares de espécies espalhadas por aí. Aqueles, que tinham acesso aos livros, tinham um selo na palma da palma e era este selo que mostrava em qual área da biblioteca o ser poderia ir e que tipo de acesso tinha. Os Guardiões não podiam ler os livros, apenas interpretar os símbolos nas lombadas dos livros e pegar o volume para consulta. Nenhum livro saía das bibliotecas. Ah! Sim, os Guardiões eram fixos. Uma vez que fossem escolhidos para uma determinada biblioteca, ali, ficavam pelo resto da vida. Os Andarilhos caminhavam entre as bibliotecas e eram as criaturas que verificavam se todos os livros estavam em ordem, buscavam livros para preencher as estantes, catalogavam as doações e viajavam para conhecerem coleções notáveis, mas, também não podiam ler os livros”.

A Autora Nana Calimeris ambientou A Biblioteca de Alexandria em Brasilia, onde tradicionalmente pensamos em contexto político. E, de fato, conheço pouco de Brasilia a não ser que é uma cidade sem curvas e onde decisões importantes são tomadas.

Brasilia está muito bem contextualizada para o leitor  , assim como o Bairro, num estilo underground, chamado Conic, ambientação de boa  parte da Trama.

Além disso, é bem interessante descobrir algumas referências escondidas no livro, chamado de  easter eggs- como a música Tempo Perdido de Legião Urbana. Uma banda que surgiu em Brasília e fazia músicas de protestos.

  Ou como a referência quadrinista a John Constantine- mago de HQ e posteriormente virou cinema e serie de televisão. Outro easter egg foi Capitão Caverna, o nome do carro – pelo grito poderoso do monstrinho pré-histórico de desenhos animados antigos.

Narrado em primeira pessoa em certos momentos o narrador assume e é quando conhecemos o ponto de vista de Artur Sterre.

Há uma grande pesquisa para detalhes quase imperceptíveis como quando Keld conversa com a Angelique e diz amorosamente em dinamarquês:

“min lille Alf” e que pode ser traduzido como “minha pequena duende”, referindo-se à familia irlandesa de Angelique.

Angelique ainda possui um deafio pessoal muito importante... Destruir o Vazio antes que ele a destrua superando a depressão e a síndrome do pânico.

A trama de A Biblioteca de Alexandria possui um arco dramático central, onde está Angelique e sua  jornada para se tornar uma andarilha das estrelas, narrado em primeira pessoa e outras subtramas, onde conhecemos mais os personagens secundários especialmente Arthur e Keld, onde o narrador assume o ponto de vista da obra.Especialmente, o narrador  permite que se conheça o ponto de vista de Arthur Sterre, embora ele não assuma uma posição de protagonista.

A obra está na categoria realismo mágica, onde a magia está presente de forma natural no universo.

Uma obra que, ao permitir múltiplas interpretações, provoca reflexão no leitor, além do esperado entretenimento num livro de fantasia. Recomendo.

                MichelleLouise Paranhos- critica Literária

Debate do livro Biblioteca de Alexandria .
Acesse:
 Em Pauta: café literatura 4 , sábado dia 29 de jullho de 2017 , às 19 horas.

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